Entrada franca!

Entre...pode entrar!!!! Vasculhe tudo!!!!! Se pelo menos durante alguns segundos você parar em algum texto para tentar compreender algo, tentar desvendar o campo semântico de alguma palavra ou até mesmo se emocionar...terei cumprido o meu papel.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Em qualquer lugar

Passava eu despercebidamente por uma calçada qualquer, de uma rua qualquer, de um bairro qualquer, de uma cidade qualquer, de um estado qualquer, de um país qualquer, de uma continente qualquer, de um planeta qualquer. Uma porta se abriu e dela uma gente qualquer. Para minha não surpresa era um livraria. Fico impressionado como Eles me desejam, me chamam, me inflamam e eu confesso que nada sou de resistente a Eles. Entrei. Convite aceito. Sentei-me. Mesa organizada. Cadeiras no lugar. Até Eles no lugar. Rio disso. Quando tentam organizar a desordem. Rio. Sorrio. Gargalho. E Eles me acompanham. Não quis wi fi. Não desejei café. Apenas eu. E Eles. Eu no centro Deles. E Eles feito ciranda. Cantiga de roda. Olhei Um por Um de onde estava. Olhei cada um Deles. Encaravam-me. Encararam-me. Mas poucos...bem poucos. Me encararam. Sorri novamente. É da natureza dos homens...e não da Deles. O homem é pura natureza. Segue o fluxo natural da ordem. Eles não. Todos Eles chamavam minha atenção. Todos queriam atenção. Desejosos de antenção. De toque. De manuseio. Todos ao mesmo tempo berravam meu nome. Em todas as línguas. Em todos os tempos. Em todas as vozes masculinas e femininas. Apontavam para mim. Eu apenas sorria. Sem sarcasmo. Apenas sorriso de paquera. Embora houvesse o desejo mútuo, eles também, assim como eu, sabiam que não era possível...pelo menos naquele momento não. Eu também tinha a minha história pra contar. E um espaço para ocupar...uma desordem na ordem. E assim saí de lá. Deixei-Os. Apenas para logo depois estar com Eles. No meio Deles. Em qualquer lugar.

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